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  • Foto do escritorDan Figliuolo

A hora de ser imperfeito

The time to Be imperfect


Um diário de viagem


Sobre o atraso sem um compromisso, sobre este sentimento que me toma e me sufoca com uma ansiedade que já venci uma vez. Retomo aqui esta atividade de expor meus sentimentos e junto com eles minhas fraquezas e pensamentos conturbados que a muito me torturam. Mesmo que este seja um diário que alguém possa taxar de fútil e vazio, este será meu “Personal Log” (minha referência mais próxima a este “journal” esta em Star Trek). Dito isto preciso mudar a introdução deste texto e começar todos os outros da seguinte forma:

Registro pessoal, data terrestre 18/08/23

Personal Log: Stardate 101226.45


Sobre o atraso sem um compromisso concreto para além do compromisso efêmero do viver. Sobre o sentimento que me atormenta a anos, o sentimento de não poder falhar, o compromisso o ser aceito, querido e acolhido por outros. Eu que por 5 anos repeti inúmeras vezes a tantos que isso é o mínimo a se importar fui o provavelmente aquele que mais se importou. Talvez por esta posição que me coloquei antes da hora correta, juntamente me coloquei em um pedestal de cristal que nunca existiu.


Hoje me encontro como um “viajante vagabundo profissional” e então me pergunto: por quê? Por que me coloquei neste pedestal que nunca pertenceu a ninguém? Por que criei esta ideia de que eu deveria ser infalível e deveria mostrar ao mundo apenas os meus melhores e maiores acertos? Com todo o perdão daqueles mais religiosos, mas se nada é perfeito por qual motivo aquilo que mostro ao mundo deveria ser?


Estas questões me trazem sempre de volta ao sentimento de atraso em relação ao mundo, de atraso em relação a mim mesmo e tudo aquilo que um dia acreditei ser capaz de ser e fazer em um piscar de olhos. Me perdi em um mundo de conceitos e críticas que eu mesmo criei, aonde eu fui o meu maior crítico e juiz. Onde me vi sob os olhos de muitos que de mim esperavam uma referência e assim não poderia decepcionar ninguém. No fim me tranquei às sombras da existência pois aquilo que não é visto não pode ser criticado ou julgado. Sim, uma mostra de covardia para alguém que pregava por a cara no mundo, sim uma mostra de hipocrisia para alguém que parecia ser tão franco.


Sim, vivia de uma imagem criada havia muitos anos. A ironia disso tudo é que sou um fotógrafo que vive das imagens crio. Ao menos dentre tudo que falei, sobre isso não fui hipócrita: “nem toda imagem que vemos é real, ou prova do real. São quase sempre um recorte de um instante, por um ângulo pré-determinado pelo autor, capturado de uma forma específica para que o espectador tenha uma leitura conveniente”.



A Travel Diary About

The delay without a concrete commitment, about this feeling that takes hold of me and suffocates me with an anxiety I've conquered once before. I resume here this activity of exposing my feelings, and with them, my weaknesses and tumultuous thoughts that have tormented me for a long time. Even though this might be a diary that someone could label as shallow and empty, this will be my "Personal Log" (my closest reference to this "journal" is in Star Trek). That being said, I need to change the introduction of this text and start all the others as follows:

Personal Record Earth date 08/18/23

About the delay without a concrete commitment beyond the fleeting commitment of living. About the feeling that has haunted me for years, the feeling of not being allowed to fail, the commitment to being accepted, loved, and embraced by others. I, who for 5 years repeated to so many times that this is the least to care about, was probably the one who cared the most. Perhaps because of this position I placed myself in prematurely, I also placed myself on a crystal pedestal that never existed.

Today, I find myself as a "professional vagabond traveler," and then I ask myself: why? Why did I put myself on this pedestal that never belonged to anyone? Why did I create this idea that I should be infallible and should only show the world my best and greatest achievements? With all due respect to the more religious, but if nothing is perfect, why should what I show to the world be perfect?

These questions always bring me back to the feeling of being behind the world, behind myself, and everything that I once believed I could be and do in the blink of an eye. I got lost in a world of concepts and critiques that I myself created, where I was my own harshest critic and judge. Where I saw myself through the eyes of many who expected a reference from me and thus I couldn't disappoint anyone. In the end, I locked myself in the shadows of existence because what is not seen cannot be criticized or judged. Yes, a display of cowardice for someone who advocated putting oneself out in the world, yes, a display of hypocrisy for someone who seemed to be so candid.

Yes, I lived off an image created many years ago. The irony of all this is that I am a photographer who lives off the images I create. At least, among everything I've said, I wasn't hypocritical about this: "not every image we see is real or proof of reality. They are almost always a snapshot of a moment, from a predetermined angle by the author, captured in a specific way for the viewer to have a convenient interpretation." #travel #feelings #imperfection #impostor #imposter #imperfeicao #perfeicao #sentimentos #viagem #fotografia #photo #photographer #fotografo #mentalhealth #saudemental #startrek #stardate #overthinking #accepted #aceitacao #why #peach #personallog #personal #log #journal

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